Paulo afirma, por exemplo em 1Coríntios 6,9, que também os idólatras não herdarão o reino de Deus. Por isso é óbvio que a idolatria faz com que a pessoa se afasta de Deus. Paulo, na verdade, nessa passagem aos Coríntios está falando dos injustos, que é situado no contexto de cristãos que não conseguem resolver dentro da própria comunidade as suas "brigas" e, no final, se diregem aos "injustos", aos magistrados não-cristãos. Parece até ironia. Pois quanto é verdade que nós não conseguimos nos colocar de acordo entre nós, por exemplo, sobre essa compreensão do culto das imagens.
O conceito de idolatria é muito amplo e não podemos limitá-la à práticas de culto aos santos ou à Maria. É uma leitura muito limitada dos conselho de Paulo. A idolatria pode ser também o fato de colocar acima de tudo uma ideia, as palavras de uma pessoa, como podem ser aquelas de um padre, de um pastor... Uma pseudo interpretação da Bíblia, o poder, o prazer, o dinheiro, etc. Toda posição extremista, radical, que exclui e se impõe como "senhor" é incompatível com a comunhão com Deus e afasta do Reino.
Paulo cita a idolatria também na bonita passagem de Gálatas 5,13-24, onde fala da liberdade e caridade: a idolatria é obra da carne, que tem aspirações contrárias ao espírito.
Nessa perícope tem uma passagem (versículos 13-15) muito significativa para nós cristãos que "brigamos". E concluo pedindo que essas palavras do apóstolo sirvam de exortação para nós quando tratamos assuntos polêmicos como esse do culto aos santos:
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